Já alguma vez tiveram aquela sensação de quererem partilhar tanto algo que não sabem como começar? Dão convosco às voltas a pensar “começo assim ou assado?”, “falo nisto ou naquilo?”, “será que é importante mencionar isto ou fica demasiado?”? Se sabem do que estou a falar, saibam que existe um Floral de Bach que vos pode ajudar!
Contudo, hoje não vos quero falar de como os Florais de Bach nos podem ajudar a nós, humanos. Hoje quero partilhar convosco o como estes pequenos florais podem ajudar a resolver problemas com animais.
Sou Auxiliar de Veterinária e Treinadora de Cães e os Florais de Bach, cruzaram-se comigo, a primeira vez, numa formação de treino. Surgiram como uma das terapias alternativas complementares a que podemos recorrer quando precisamos de mudar algo no comportamento do cão – quer seja em casos de agressividade, quer seja em casos de ansiedade, quer sejam medos… os florais podem ajudar na resolução dessas questões. Achei a ideia muito interessante, mas, na altura, fiquei por ali.
Tempos depois, numa outra formação, os Florais voltaram a surgir. Aquela ideia que tinha ficado plantada anteriormente, ressurgiu e ganhou força. Fiquei curiosa e procurei saber mais; pesquisei sobre o que eram e como funcionavam, ao certo, esses tais florais. Assim cheguei ao Bach Centre e mergulhei neste mundo que quase parece de fantasia.
Ao longo de semanas/ meses, descobri como estas essências de flores são tão poderosas, como nos podemos unir e (re)ligar à Natureza através destas criações. Ao longo do curso, fui, eu própria experimentando alguns dos florais (confesso que solicitei a ajuda de familiares também, para ter mais experiência e perceções em diferentes pessoas). Toda a experiência conta, mas no fundo, mergulhei e aventurei-me neste mundo para ajudar os animais. Assim, no final do curso estava pronta para avançar neste novo mundo. Lentamente, à medida que os casos iam surgindo e via essa oportunidade, explicava aos tutores o que eram os Florais e como funcionavam. Já se passou cerca de um ano desde que comecei a usar e trabalhar com estas essências e os resultados têm sido bastante positivos.
Ao contrário de nós, humanos, os animais não têm camadas e camadas de pensamentos, de dúvidas existenciais e não se deixam influenciar pelo ego, por isso, os resultados são mais rápidos.
O caso mais “chocante” para mim foi o de um patudo que tinha medos excessivos – medo a pessoas, medo a carros, medo a barulhos, medo a tudo o que se movia mais rápido… Digo “chocante” porque no final do processo o patudo já passeava mais relaxadamente em caminhos junto a praias e ia a esplanadas.
Recordo, ainda, um outro patudo que também sentia medo de pessoas. As reações passavam por se esconder, puxar na trela para fugir e apresentar nítidos sinais de desconforto. Com o uso dos florais, o patudo em questão começou a relaxar mais e a conseguir estar em espaços com algumas pessoas.
Posso, ainda, partilhar outra situação em que o patudo havia sofrido vários traumas. Quando comecei a trabalhar neste caso, o patudo tinha, por isso, medo de sair de casa e já tinha criado associações negativas a determinados carros e locais, Com o tempo, o patudo foi relaxando e percebendo que podia e conseguia gerir os medos e as situações.
Estes casos são casos complexos nos quais, logicamente, o uso dos florais é sempre associado a outros exercícios e um planeamento dos trabalhos. Porém, os Florais deram o seu contributo. Mas, nem só para situações complexas servem os florais – cá em casa, pontualmente e sempre que necessário, alguém recorre a um Floral!
Hermínia Santos